O perseguidor conta a história de
Bruno, um jornalista e crítico de Jazz que se encontra com Johnny Carter, um
saxofonista acossado pela droga. Bruno emaranha-se na vida – a loucura, o falecimento
da filha, o saxofone perdido, o internamento, a família -, na música, na instabilidade e no génio de Johnny,
seguindo-o até ao fim.
É uma história angustiante, escrita na forma dramática, única,
do grande escritor que é Julio Cortázar; e é a forma de Cortazar, um apaixonado pelo Jazz, homenagear
Charlie Parker - é dele que se trata -, que tinha acabado de descobrir.
A história é um clássico da literatura, dir-se-ia mais uma
peça do puzzle de Rayuela, a obra prima de Cortázar.
As outras histórias de As armas secretas são, além do conto
que dá o nome ao livro, Cartas da mamã, Os bons serviços e As babas do diabo,
que inspirou o filme de Antonioni, Blow Up.
Como escrevi noutro post, este livro foi editado há uns anos
numa edição de bolso pela Europa América, com o título Blow Up e outras histórias.
Mas até pela fidelidade aos títulos originais, As armas secretas da Cavalo de
Ferro repõem a dignidade que faltava ao livro de Julio Cortázar.
Obrigatório!
As armas secretas, Julio Cortázar, Cavalo de Ferro, 2014
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