Mostrar mensagens com a etiqueta Batman. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Batman. Mostrar todas as mensagens

sábado, 13 de agosto de 2016

Batman Noir






Também (como Parque Chas, de que falo em anterior post) com desenhos de Eduardo Risso, mas com argumento de Brian Azzarello, Batman Noir explora a faceta mais negra de Batman, não escapando ao mais maniqueísta do universo das histórias dos super-heróis, onde os bons são sempre (enfim, quase sempre) bonitos e os maus são sempre (enfim, quase sempre) feios, e onde os muito maus são também muito feios. 
Desenho a preto e branco sem matizes, com um jogo de sombras soberbo conseguido com contrastes muito fortes, Batman Noir acusa a influência de Frank Miller, de que não consegue desembaraçar-se, mas também aqui e ali dos compatriotas José Muñoz (Alack Sinner) e Alberto Breccia – a cara do vilão no centro da página 82 dir-se-ia mesmo uma homenagem explícita a Breccia.
Sem novidade, mas bem conseguido.






Btaman Noir, Eduardo Risso e Brian Azzarello, Levoir, 2016


sábado, 13 de outubro de 2012

Batman - The Dark Knight Rises




O super-herói Batman pertence à DC Comics, rival da Marvel (Spiderman...) , e tem sido objecto de revisitações por parte da indústria cinematográfica (entre os quais dois episódios de Tim Burton), com resultados diversos.
A figura Batman remonta aos anos 40 e tem a particularidade de ser um super-herói que não possui super-poderes, tendo sido também, ao longo dos anos, um dos super-heróis mais bem servido em termos de desenhadores.
Órfão milionário, Bruce Wayne viu os pais serem assassinados em criança, tornando-se mais tarde o herói vingador da noite de Gotham City. O sucesso de Batman ultrapassou o do Superman , tornando-se uma figura de culto. As razões do sucesso de Batman terão sido, entre outros, provavelmente o facto de não possuir super-poderes, que são substituídos por toda a sorte de gadgets; mas a sua arma principal é o medo que a sua figura, inspirada nos morcegos, incute nos criminosos.
O medo, a sua relação com o bem e o mal, e a relação com a insanidade, acabaram por gerar alguns dos melhores argumentos das histórias de banda desenhada. Vários argumentistas procuraram explorar a ideia de que a figura do bem que Batman representa é apenas um dos lados da mesma moeda que tem como reverso o mal: a viver no fio da navalha, inspirando os sentimentos mais primários nos criminosos, Batman estaria muito próximo deles. O seu maior inimigo, o Joker, não seria mais que o reverso de Batman, e até o hospício onde está aprisionado, o Arkham Asylum, é claramente uma versão negra da mansão Wayne.
A transposição para o cinema do Batman tem sido muito irregular, e este último é o pior dos episódios. O argumento é um desfilar de estereótipos, e claramente o realizador pouco sabe da figura de Batman. Muita destruição, muitos maus e feios, história com saltos, muitos efeitos especiais, com frequência desadequados, desaproveitamento de algumas poucas boas ideias: uma chatice.
Uma estrela para a Cat Woman (Anne Hathaway) e mais meia para a bat-mota.
A evitar.