Grande surpresa! A ideia que me tinha ficado dos anos 80 era de um filme menor, mais hollywoodesco. Nada disso! Se do ponto de vista da forma ele é de facto mais linear que A Máscara ou Lágrimas e Suspiros (a confirmar…), trata-se ainda assim do Grande Cinema! Fanny e Alexander é um filme magnífico na minúcia e rigor da descrição de uma família burguesa da Suécia do princípio do século XX; envolvente, terno, empático, autobiográfico.
Bergman conduz-nos pelos olhos do jovem Alexander: a família, a sua complexidade e a teia de relações, os costumes liberais da família, a fantasia, o colorido do Natal, o fascínio pelo teatro, a magia e o ajuste de contas com a moral conservadora (…) protestante. De certa forma está lá tudo – o universo sobre que Bergman de debruçou -, e que ele contou de formas diferentes.
Delicioso!
Ingmar Bergman, 1982
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