Revi A Mascara de Bergman mais de 30 anos depois.
E devo confessar que me impressionou tanto ou mais do que me recordava!
Que dizer sobre A Máscara, melhor dizendo Persona, que não tenha ainda sido escrito? Estamos perante uma obra-prima absoluta do cinema, inigualável-inigualada, mas sobretudo um exercício de cinema singular.
Cinema porque não é literatura ou teatro ou outra coisa qualquer, porque a história não poderia ser contada de outra forma.
E devo confessar que me impressionou tanto ou mais do que me recordava!
Que dizer sobre A Máscara, melhor dizendo Persona, que não tenha ainda sido escrito? Estamos perante uma obra-prima absoluta do cinema, inigualável-inigualada, mas sobretudo um exercício de cinema singular.
Cinema porque não é literatura ou teatro ou outra coisa qualquer, porque a história não poderia ser contada de outra forma.
Não se trata apenas da história, do conflito, da enfermeira Alma e da actriz
Elisabeth Vogler (descobri na internet o nome brasileiro de Persona: Quando duas
mulheres pecam!), mas de uma história contada como nenhuma outra forma de
expressão (ou arte), poderia contar.
Trata-se inequivocamente de um
Bergman. Está lá tudo: o primado do teatro, o universo concentracionário, o conflito, as mulheres, a fotografia (magnífica,
a cópia nova), a luz; mas sobretudo uma realização genial.
Mais do que a forma não literal de contar a história, que
oferece ao espectador azo para interpretações ou leituras, ou a fusão/ cisão
das personalidades (o que hoje poderia ser feito com muito mais «realismo»),
dois momentos pertencem à História do Cinema: o discurso de Alma filmado em dois planos diferentes de forma consecutiva, e o grande plano do rosto da actriz sobre uma luz
branca que ofusca todo o cenário.
Outra vez: estamos perante uma obra-prima absoluta do cinema; a (sétima) arte no seu esplendor!
Persona, Ingmar Bergman, 1966
Persona, Ingmar Bergman, 1966