O Tintin, a revista dos jovens dos 7 aos 77 anos faz, faria, 77 anos, e a Le Lombard publicou uma
volumosa edição comemorativa. 400 páginas de evocação e aventura, onde os jovens da minha idade encontrarão nostalgia, mas também algum desencanto. Muitos dos desenhadores já desapareceram, mas também a juventude é irrepetível, mas também muitas das histórias não poderiam ser escritas (e desenhadas) hoje – e enfim percebe-se porque é que a revista terminou. Muito do mundo selvagem que se imaginava – as utopias - desapareceu, por motivos políticos (e na altura viviam-se os restos dos colonialismos), ou porque foram assolados pelo turismo que chegou a todo o lado, ou porque hoje compreendemos que não podemos andar a matar indiscriminadamente animais selvagens; aliás queremos protegê-los; ou porque compreendemos que os índios da Amazónia ou de África têm direito aos seus territórios e nós não somos os inocentes aventureiros que gostávamo-nos de nos pintar. Enfim, nada é simples neste mundo em que vivemos, mas o mundo mudou e hoje sabemos.
Mas esta edição pretende apenas celebrar a nossa juventude e
a nossa inocência, e ela está cheia de depoimentos e histórias curiosas desse
tempo e de banda desenhada também; de histórias recriadas como foi possível.
Uma edição para colecionadores nostálgicos.
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