Leitura de férias foi um presente de aniversário, Just Kids de Patti Smith.
Ao longo das 300 páginas de Just Kids passam Allen Ginsberg, Andy Warhol, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Janis Joplin, e toda uma infinidade de personagens que foram a imagem da beat generation nos finais dos anos 70, ficando por vezes a sensação de que Patty Smith chegou sempre tarde: ela encontrou toda a gente quando eles já eram famosos e ela ainda não o era. Horses, o primeiro disco Patty Smith, foi editado em 1975, já num período de ascensão do punk, cinco anos depois da morte de Hendrix, Jim Morrison ou Joplin. A Factory tinha fechado em 1968…
Just Kids tem como argumento as relações da cantora com o amigo de sempre, Robert Mapplethorpe (a quem é dedicado), até à sua morte, percorrendo um período que vai da infância à mudança para New York, até ao sucesso como cantora e artista.Torna-se por vezes um pouco cansativo pela minúcia descritiva, pecando
também pela forma simpática como Patty Smith se descreve a si mesma (mas
enfim, creio que outra coisa não seria de esperar numa autobiografia).
O livro é curioso, revelando uma artista culta, com uma grande atracção por poetas como Rimbaud e pela cultura europeia e uma enorme convicção no futuro.
O livro é curioso, revelando uma artista culta, com uma grande atracção por poetas como Rimbaud e pela cultura europeia e uma enorme convicção no futuro.
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