terça-feira, 22 de agosto de 2017

Valerian and the City of a Thousand Planets





Um dos heróis mais bem sucedidos da escola franco belga dos anos 60-70 (Tintin/ Spirou/

Pilote), Valerian chega ao cinema muito tarde, e muitos espectadores mais jovens poderão ser levados a pensar que as aventuras do agente espácio-temporal são inspiradas na Guerra das Estrelas ou na Marvel.
Valerian surge como uma espécie de resposta francesa aos filmes de super-heróis ou de aventuras espaciais americanos, mas a verdade é que, conhecendo a BD, muitos dos monstrinhos da Guerra das Estrelas parecem ter sido retirados dele.  
Paternidades à parte, as aventuras de Valerian e Laureline perderam muito da magia (porque aquilo nunca foi verdadeiramente ficção científica, convenhamos) e do romantismo da BD original e Luc Besson - o realizador escolhido,  experiente nestas coisas de efeitos especiais - acrescentou umas cenas de perseguição e porrada para agradar o público mais jovem, e não se saiu mal de todo, dados os constrangimentos (que obrigaram também a que o filme fosse falado em inglês); conseguindo mesmo alguns bons momentos, como as dimensões que atravessavam o mercado negro, o casamento de Laureline (porrada à parte), ou o show da Rihanna, sendo de lamentar as tão curtas aparições de Herbie Hancock. Excelente é o monstrinho que caga pérolas e outros preciosidades, e os três impagáveis shingouz, mas esses são mesmo originais de Mezieres e Christin.
Não estava à espera de um grande filme e diverti-me. Fico à espera do próximo. 

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